Idosos no Brasil: veja como vive a terceira idade em nosso país

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Pesquisas publicadas pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) confirmaram que, em 2016, o número de idosos no Brasil com faixa etária acima de 59 anos ultrapassou a marca de 30 milhões! Isso decorre em função das melhorias crescentes na qualidade de vida dos brasileiros, de modo geral. 

Mas, você sabe como vivem os idosos no Brasil nos dias de hoje? Qual é a expectativa de vida média? Quais direitos estão garantidos? Como o mercado de trabalho tem amparado esse perfil de colaborador? Como a violência contra a terceira idade acontece no país e quais são os meios de proteção disponíveis na atualidade?

Para descobrir a resposta dessas e de muitas outras perguntas, continue conosco neste post e entenda tudo sobre o tema!

Longevidade e qualidade de vida

De acordo com outros estudos levantados no final do ano de 2016, igualmente pelo IBGE, a expectativa de vida atual no Brasil é de 75 anos e 9 meses. Ao que tudo indica, tal média continuará bastante otimista nos próximos anos, podendo alcançar, em 2050, a faixa de 81 anos.

Diversos são os fatores que influenciam nessa queda na taxa de mortalidade do povo brasileiro, como as melhorias no saneamento básico dos centros urbanos, a prevenção à solidão e o avanço da medicina nos últimos tempos.

Além disso, o investimento cada vez maior de tempo e dinheiro com o lazer, aulas de dança, eventos cultuais, viagens, entre outras opções, eleva, ainda mais, a qualidade de vida e a saúde desse público.

Mercado de trabalho e educação

Embora as legislações trabalhistas e o Poder Judiciário, em conjunto, estejam a amparar o (re)ingresso dos idosos no mercado de trabalho, a verdade é que eles ainda representam apenas 1% das vagas formais ocupadas no país.

Isso se intensifica em razão das práticas discriminatórias contra os idosos — que são, infelizmente, uma realidade no Brasil ainda nos dias de hoje.

No entanto, em força contrária, o número de trabalhadores ativos com faixa etária acima de 59 anos tem aumentado significativamente. Isso demonstra a efetividade das autoridades e de toda a comunidade no combate à discriminação.

Diante do cenário menos hostil, muitos dos idosos, já aposentados, sentem-se mais empenhados em retomar seus estudos para a obtenção de uma nova qualificação, a fim de reingressar no mercado de trabalho por meio de cursos profissionalizantes ou graduações.

O interesse entre a terceira idade tem se ampliado tanto que, em 2015, o número de inscritos no ENEM chegou ao patamar de 15 mil idosos. 

Legislação brasileira

Nas últimas duas décadas, os idosos conquistaram diversos direitos mínimos e mais adequados às suas realidades.

O Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/2003), em vigência desde o primeiro semestre de 2014, prevê uma diversidade de princípios e regras que visam promover o bem-estar e a proteção de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

Para isso, ele estabelece que todos os cidadãos e o Poder Público, em conjunto, são diretamente responsáveis pelo zelo e integridade dos idosos.

Dessa forma, por exemplo, quando o idoso for incapaz de promover seu próprio sustento, seus filhos e filhas serão solidariamente responsáveis na concessão de uma pensão alimentícia satisfatória.

Caso seus descendentes não tenham renda necessária para essa prestação, caberá à assistência social pública conceder os meios mínimos para o seu bem-estar.

Além disso, a legislação estabelece outros benefícios, como o desconto de 50% na compra de ingressos para shows e eventos culturais e o direito a passagens gratuitas de ônibus nas viagens interestaduais.

Neste último caso, no entanto, somente os idosos com renda de até 2 salários mínimos estão incluídos. Para usufruição desses direitos, basta que o indivíduo faça o pedido e retire sua “carteira do idoso” no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). 

Aqui, um detalhe importante é que as companhias de ônibus são obrigadas a reservar somente 2 assentos gratuitos por viagem aos idosos. Se a procura ultrapassar esse número de ingressos disponíveis, as empresas estão obrigadas a conceder descontos de, no mínimo, 50% do valor normal para os demais viajantes da terceira idade. 

Violência no Brasil

A violência verbal e física contra os idosos ainda é acompanhada por números expressivos de casos no país.

Em Goiás, por exemplo, a média de denúncias registradas nas delegacias especializadas em violência contra idosos, em 2016, foi de 10 a 15 por dia. No Paraná, somente no primeiro semestre de 2017, foram apuradas 453 denúncias de violência.

Os registros, infelizmente, só pioram. O Ministério Público de Santa Catarina publicou, em 2016, um artigo indicando que atentados contra a integridade física, psicológica e financeira estão entre os tipos mais comuns de violência contra os idosos.

Diante disso, os órgãos públicos e autoridades têm gerenciado e disponibilizado meios mais eficazes e ágeis na apuração e punição de seus infratores, bem como na assistência das vítimas.

Assim, na ocorrência de suspeita ou constatada violência contra o idoso, a denúncia pode ser realizada por meio do Disque 100, pela internet (no endereço eletrônico: “www.disque100.gov.br”) ou diretamente nas delegacias especializadas.

Saúde 

Em uma divulgação recente pela mídia, apurou-se que 77% dos idosos entrevistados têm como maior preocupação o acometimento de doenças consideradas comuns na terceira idade, como Parkinson, osteoporose, etc. 

O receio no Brasil é provocado por diversos motivos. Infelizmente, a falta de agilidade nos atendimentos é um deles — podendo até mesmo acentuar o estado de saúde do idoso. 

Para facilitar ao máximo o pronto-atendimento e a realização dos principais exames de rotina, hospitais e clínicas de saúde pública, agora, disponibilizam aos idosos e seus parentes a chamada “caderneta de saúde da pessoa idosa”.

O documento, criado pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo manter em um único registro todas as informações pertinentes à saúde da pessoa, como tipo sanguíneo, histórico de atendimentos, remédios ministrados, etc.

Assim, toda a família ganha uma nova ferramenta, que auxilia o trabalho das equipes médicas da rede pública de saúde por meio da obtenção imediata dos dados relevantes para a execução de atendimentos mais rápidos e seguros.

Ainda que o idoso não esteja com o membro mais próximo logo na sua entrada ao hospital, o uso dessa caderneta permite que todo o seu histórico de saúde seja acessado facilmente com o apoio de qualquer outra pessoa, como um cuidador, garantindo a adoção dos procedimentos médicos mais adequados.

Mesmo com os desafios enfrentados pelos idosos em manter uma boa saúde, esse público tem se tornado cada vez mais expressivo em virtude da redução na taxa de mortalidade e do aumento da qualidade de vida no Brasil. 

Sob uma perspectiva social, no entanto, o cenário brasileiro ainda é marcado por uma quantidade assustadora de casos de discriminação no mercado de trabalho e de violência contra os idosos, revelando índices altíssimos de registro de denúncias nas delegacias de todo o país.

Autoridades e comunidade vêm trabalhando juntos para o combate e mudança desse contexto. Tudo isso para que os idosos no Brasil recebam toda a dignidade, respeito e zelo que necessitam. 

Agora, falando em zelo, que tal conhecer 7 pontos de atenção necessários para a medicação dos idosos? Fique conosco e leia mais!

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