Como resultado natural do processo de envelhecimento, a pele do idoso passa por transformações, como a perda da hidratação e elasticidade, por exemplo. Por isso, a necessidade de atenção especial nessa etapa da vida é funamental.
Tais mudanças são influenciadas por diversos fatores, muitas vezes inevitáveis. Sendo assim, buscar alternativas que possam minimizar essas alterações aumenta a possibilidade de conservar uma pele mais bonita e mais saudável.
Tendo isso em vista, destacaremos 7 dicas valiosas para auxiliar no cuidado com a pele na terceira idade. Se você tem idosos na família ou é um profissional cuidador, este artigo é para você! Continue a leitura e confira nossas sugestões!
1. Priorize a hidratação da pele
A hidratação da pele deve ser feita logo após o banho. Os poros se abrem com o vapor da água morna e isso facilita a absorção do hidratante. Porém a escolha do creme é fundamental, pois a pele do idoso pode variar as características conforme a idade e o tipo de cútis.
Para recuperar as características naturais da tez, a hidratação funciona como um emoliente, que pode reativar a camada de gordura. Além disso, o mecanismo ajuda a diminuir o ressecamento, uma vez que aproveita melhor a quantidade de água disponível.
Por isso, manter a hidratação em dia é um dos cuidados mais relevantes — o uso de loções e de cremes hidratantes é importante para garantir a integridade da pele e evitar que ela resseque ou descame.
2. Utilize bloqueador solar
Em qualquer idade, o uso de protetor solar é fundamental. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não-melanoma representa 30% dos tumores que acometem os brasileiros. Porém, na idade avançada, a maior fragilidade da cútis exige atenção redobrada. O uso do protetor solar deve se tornar um hábito.
Todos necessitam de um pouco de sol, pois isso é imprescindível à conversão de vitamina D. Vale lembrar que o início da manhã e o fim da tarde são os melhores períodos para se expor ao sol. Mesmo nesses horários de sol mais fraco, o ideal é proteger a pele com bloqueadores, bonés ou chapéus, uma vez que a ação dos raios ultravioletas acentua o envelhecimento, além do risco de provocar graves queimaduras.
O protetor solar deve ser aplicado sobre a pele limpa e devidamente higienizada. Evite passar protetor com o suor: o sal se mistura com a loção protetora, reduz a função dela e ainda pode provocar queimaduras na pele.
Os lábios também ficam mais vulneráveis à ação do tempo e ressecam com mais facilidade. Quem mora em regiões de clima seco e temperatura mais amena precisa redobrar o cuidado.
Antes de dormir, é bom umectar os lábios com uma loção de mel com própolis. Além de ajudar na hidratação, esse produto tem ação cicatrizante e reduz o desconforto de quem tem pequenas feridas nos lábios.
3. Ofereça ao idoso uma alimentação saudável
Os hábitos alimentares influenciam bastante no aspecto da pele na terceira idade. Então, priorizar uma refeição equilibrada é essencial nessa fase, já que muitos elementos importantes para a renovação celular são provenientes dos alimentos.
Diante da menor produção de colágeno, a opção por alimentos que contenham essa substância é essencial para manutenção da firmeza da pele. A escolha de produtos naturais e saudáveis ajuda a combater os radicais livres que provocam o envelhecimento celular e tecidual.
Para auxiliar na recuperação dos danos progressivos da pele que surgem com a idade, além de adotar um estilo de vida mais saudável evitando cigarros e bebidas alcoólicas, recomenda-se o aumento de ingestão de alimentos crus, cereais, legumes e frutas.
4. Incentive a ingestão de líquidos
Com o passar dos anos, as papilas gustativas são reduzidas e muitas dessas estruturas perdem a função. Por isso, muitos idosos têm o paladar prejudicado e, por conseguinte, alegam perda de apetite. Também podem se recusar a beber água com frequência.
Como consequência das alterações fisiológicas inerentes ao envelhecimento, os responsáveis pelo idoso devem incentivar a ingestão de água de modo mais frequente.
Desenvolver esse hábito é fundamental para a manutenção da integridade da pele. Mediante a importância da água para a saúde em todas as fases da vida, esse cuidado não pode ser negligenciado.
5. Tenha cuidados na hora do banho
Permanecer por muito tempo embaixo do chuveiro quente retira as substâncias emolientes e acentua o processo de ressecamento da pele.
Isso vale para qualquer idade, mas durante o envelhecimento, os efeitos do calor sobre a cútis ainda são mais nocivos. Por isso, cuide para que a água esteja em uma temperatura confortável: O ideal é que o idoso se habitue ao banho frio e menos demorado.
Prefira o uso de sabonete líquido, neutro ou infantil. Também não se deve fazer fricções na tez, pois isso eleva o risco de lesão ou o surgimento de escaras.
Devido à fragilidade da epiderme — camada mais superficial da pele — não utilize esponjas de banho: elas removem a barreira natural de defesa e podem causar arranhões ou feridas.
6. Evite usar produtos à base de álcool
Na pele mais idosa, a orientação é não passar produtos que contenham álcool. Por ser volátil, esse produto tem o potencial de reduzir a umidade, de causar rachaduras e de acentuar o risco para outros problemas.
O uso de talco — e de quaisquer outros tipos de pós — também é proibido. A atenção a esse cuidado objetiva preservar a oleosidade natural da pele do idoso que, nessa fase, já está bastante reduzida.
7. Leve o idoso ao dermatologista
Segundo o IBGE, o aumento do número de idosos na população brasileira requer políticas mais assertivas para promover um envelhecimento mais ativo e com menor incidência de doenças da idade.
Como o ato de envelhecer é natural e inevitável, adotar alguns cuidados especiais simboliza maiores chances de passar por esse processo com mais saúde e qualidade de vida.
Sendo assim, convém buscar orientação profissional para amenizar os impactos progressivos da perda das características estruturais e funcionais do corpo humano. Isso é primordial porque essas mudanças são melhor percebidas principalmente na pele.
Além do mais, levar o idoso para um acompanhamento com um dermatologista diminui o risco de lesões — e de infecções oportunistas — associadas à fragilidade da cútis envelhecida.
Logo, o ato de cuidar bem da pele do idoso não se limita apenas a uma questão meramente estética. Está intrinsecamente relacionado à longevidade saudável, à autoestima, ao bem-estar e à qualidade de vida na terceira idade.
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