O câncer é sempre temido e as pessoas evitam até mesmo a falar sobre a doença. A quimioterapia em idosos é fase bastante complexa e é comum entre os familiares a dúvida sobre como comunicar a doença ao ente querido.
Os riscos de descompensação de alguma doença pré-existente pelo tratamento do câncer são bem maiores em pessoas de terceira idade, levando em consideração os fatores desfavoráveis e inerentes da idade — por isso, é normal que haja uma preocupação maior.
Está vivendo esse dilema e não sabe como garantir a qualidade de vida de algum idoso próximo a você? Acompanhe este post e confira algumas dicas.
Conheça os riscos do idoso desenvolver um câncer
A expectativa de vida vem crescendo nos últimos tempos e, com ela, cresce também o número de idosos doentes com câncer. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o total de pessoas com mais de 65 anos de idade será o quádruplo nos próximos 47 anos, passando de 14,9 milhões em 2013, para 58,4 milhões em 2060.
O ruim da longevidade é que, vivendo mais, as pessoas ficam mais vulneráveis, portanto, mais suscetíveis à doenças. O fato de o organismo estar envelhecendo e dividindo suas próprias células já é um fator de risco para o idoso.
O processo de envelhecimento é um fator de risco por conta das inúmeras alterações provocadas na genética — alterações que em um organismo jovem são corrigidas e eliminadas pelo próprio sistema imunológico. Entretanto, com os idosos isso não ocorre. Pelo contrário, existe o aumento excessivo e desordenado das células, quadro que contribui para o desenvolvimento do câncer.
Saiba como diminuir o câncer em idosos
Esse quadro é sem dúvida um desafio para os serviços públicos e privados de saúde, uma vez que a incidência da doença nessa faixa etária é bem maior se comparado aos mais jovens. O agravante se dá pelo fato de a grande maioria dos idosos apresentarem doenças simultâneas, que dificultam o tratamento oncológico.
No entanto, nessa fase da vida, os cânceres mais preponderantes são os tumores ginecológicos, de mama e de pele. Entre os homens, o comprometimento da próstata e vias urinárias são bastante comuns. Apesar das causas multifatoriais, os cânceres em idosos são majoritariamente desencadeados por estilos de vida e hábitos não saudáveis, o que reforça a importância de uma medicina preventiva que ampare essa população.
Sendo assim, o meio de reduzir o câncer na terceira idade passa pela prevenção, ou seja, obter o diagnóstico precoce por meio de consultas e exames como colonoscopia e sangue oculto nas fezes para o intestino; mamografia para o câncer de mama; exame ginecológico para o colo uterino; avaliação do dermatologista para a pele, além da consulta com o urologista para o câncer de próstata.
Entenda como é o tratamento de câncer em idosos
Felizmente, os idosos têm demonstrado maior apreço pela vida e cada vez mais têm aderido a um estilo de vida mais saudável, o que inclui uma alimentação balanceada, o abandono do tabagismo e a prática de exercícios físicos. Ainda assim, fatores adquiridos ao longo da vida, como obesidade, sedentarismo, e o abuso do álcool dificultam o processo de tratamento da doença.
É importante entender que as características do tratamento de câncer de uma pessoa idosa são completamente diferentes das de um jovem ou adulto. Os pacientes idosos demandam uma atenção especial em relação aos riscos da quimioterapia, para garantir a sua qualidade de vida..
O tratamento deve ser oferecido levando em consideração o quadro de cada idoso. O tratamento multidisciplinar é o mais indicado. O oncologista entra com toda sua proficiência em câncer, prescrevendo o tratamento correto. Já o geriatra cuida de todas as necessidades fisiológicas e psicossociais relacionadas ao envelhecimento e que podem prejudicar a segurança e o bom resultado do tratamento oncológico.
Atualmente, a medicina dispõe de um arsenal de recursos para curar a doença ou, ao menos, garantir ao paciente a máxima qualidade de vida.
Veja os principais efeitos colaterais do câncer em idosos
O câncer atualmente é a uma das principais causas de morte no Brasil, e sua incidência aumenta com a idade. Por isso, é importante definir o melhor tratamento para o idoso, considerando as particularidades dessa faixa etária. Os efeitos colaterais são bastantes evidenciados pelas fragilidades e falta da homeostase em detrimento da idade. Conheça alguns deles.
Farmacologia
Apesar de o processo ser heterogêneo, algumas alterações fisiológicas que ocorrem são características comuns da faixa etária. A idade avançada pode afetar o organismo em diferentes áreas e funções provocando novas patologias e interferindo no processo do tratamento oncológico:
farmacocinética: interação entre o corpo e a droga: absorção, distribuição, metabolismo e excreção;
farmacodinâmica: ação da droga no organismo: meio e taxa de excreção, duração do efeito da terapia antineoplásica.
O fígado, principal local de metabolização das drogas, também é prejudicado por processos referentes à idade. Em idosos, a transformação de um medicamento pelo fígado pode ser demorada, devido à redução do fluxo sanguíneo, massa hepática e pelo seu tamanho.
Analise as orientações sobre quimioterapia em idosos
Ao optar pela quimioterapia em idosos, o primeiro passo é estipular, dentro do possível, a expectativa de vida daquele paciente — sempre levando em consideração sua idade e comorbidades. A individualização do tratamento é fundamental para seu sucesso. Para garantir a melhor qualidade de vida do idoso, eles podem ser classificados em quatro grandes grupos no intuito de viabilizar o tratamento: idosos saudáveis, frágeis, tratamento adjuvante/curativo e paliativo.
Idosos saudáveis
Pacientes sem comorbidades e com boa expectativa de vida podem suportar a quimioterapia nas doses e esquemas preconizados para o jovem ou adulto, sem grandes efeitos colaterais e favorecer o tratamento.
Tratamento adjuvante/curativo
A decisão pelo tratamento adjuvante é particularmente desafiadora, pois em alguns casos os pacientes podem não viver o bastante para se beneficiar do impacto na sobrevida.
Tratamento paliativo
Busca o bem-estar global do paciente. Ao se decidir pela quimioterapia, é fundamental considerar as particularidades farmacodinâmicas da idade e das drogas a serem usadas e, se possível, usar medicações com menor toxicidade para o paciente em questão.
Idoso frágil
A interação do oncologista e do geriatra é crucial para uma avaliação geriátrica detalhada sobre o estado do paciente em relação a expectativa da família. Lembrando que a quimioterapia em idosos é uma fase complexa que exige cuidados específicos, paciência e empatia para favorecer o tratamento e amenizar o sofrimento do idoso.
Diante das especificidades do processo de quimioterapia em idosos, é importante que os familiares procurem se informar sobre profissionais qualificados disponíveis no mercado e que podem oferecer bons serviços, mais comodidade para a família e segurança e um cuidado qualificado para o paciente de idade.
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