A pressão alta em idosos é um problema que pode desencadear complicações clínicas significativas e diminuir a qualidade de vida desses indivíduos. Além disso, aumenta os custos com cuidados em saúde e reduz a longevidade.
Considerada uma doença crônica, a hipertensão na terceira idade deve ser bem controlada por meio de intervenções não farmacológicas, associadas a medicamentos indicados para cada faixa etária.
Por isso é fundamental entender a complexidade da doença, os fatores de risco e as principais formas de tratamento para evitar o desenvolvimento de agravos maiores para o idoso, que se refletem na família também.
Quer saber quais são os riscos da pressão alta em idosos? Então não perca as informações valiosas que daremos a seguir!
Afinal, o que é a pressão alta em idosos?
Trata-se de uma condição clínica multifatorial, relacionada ao aumento da pressão que o sangue exerce sobre os vasos sanguíneos. A elevação da pressão arterial é mensurada por aparelhos específicos, denominados esfigmomanômetro. O valor obtido da pressão arterial deve estar abaixo de 140/90 mmHg, porém, em casos clínicos específicos, pode ser considerado um parâmetro superior devido ao número de doenças apresentadas pelos idosos.
Ademais, o diagnóstico é clínico e leva em consideração os valores da pressão arterial e alguns sintomas relatados pelo paciente. Contudo, na maioria das vezes essa doença é silenciosa, e somente a aferição da pressão arterial será norteadora das condutas.
Quais são as causas da pressão alta em idosos?
A hipertensão não tem uma causa determinada, mas sim fatores de risco para o seu desenvolvimento. Dessa forma, é fundamental evitar alguns comportamentos e investir em outras atitudes em prol da saúde. Dentre os fatores de risco, destacam-se os não modificáveis, como idade avançada, indivíduo de raça negra e portadores de componentes genéticos que alteram a pressão nos vasos sanguíneos.
Os fatores de risco modificáveis incluem elevado consumo de cloreto de sódio na forma de sal, sedentarismo, baixa condição socioeconômica, dieta rica em gorduras e carboidratos simples — o que favorece a obesidade, diabetes tipo dois, tabagismo, entre outros.
Dessa forma, o diagnóstico da pressão alta em idosos leva em consideração o estilo de vida do indivíduo, bem como seu histórico medicamentoso ou clínico. No primeiro caso, é classificada como hipertensão primária ou essencial, no segundo, como hipertensão secundária. Isso significa que algumas doenças podem desencadear a hipertensão, como diabetes, obesidade, hipercolesterolemia, além de medicamentos, como contraceptivos orais, hormônios etc.
Quais são os riscos da hipertensão em idosos?
A pressão arterial não controlada pode levar ao aparecimento de problemas cardiovasculares, cerebrais e renais. Isso ocorre porque há uma sobrecarga no sistema circulatório, impactando em outro órgão importante para o funcionamento normal do organismo: o coração.
Em relação aos problemas cardiovasculares, ressalta-se a ocorrência de insuficiência cardíaca congestiva ou coronariana, infarto agudo do miocárdio e diminuição do retorno venoso, o que possibilita o aparecimento de tromboembolismo. Os problemas cerebrovasculares incluem o acidente vascular isquêmico, condição em que se diminui a quantidade de sangue para algumas regiões do cérebro, o que pode gerar sequelas definitivas.
As complicações renais se referem à insuficiência desse órgão em filtrar adequadamente as substâncias do corpo, aumentando o inchaço do paciente e diminuindo a funcionalidade do órgão. Alguns indivíduos evoluem para a fase terminal da insuficiência, necessitando de diálise peritoneal ou transplante de rim.
Como combater a pressão alta em idosos?
A pressão elevada na terceira idade deve ser combatida para evitar as complicações já mencionadas. Sendo assim, a mudança de comportamento e o acompanhamento clínico contínuo são fatores fundamentais para evitar a doença.
A seguir, apresentamos alguns fatores preventivos. Confira!
Preze por uma boa alimentação
Apesar do clichê, o hábito alimentar é um dos principais fatores de prevenção de doenças. O consumo de legumes, hortaliças, frutas e verduras em boa quantidade são essenciais para a manutenção do organismo. Além disso, a ingestão de comidas processadas e ultraprocessadas deve ser revista. Isso porque o elevado teor de sódio utilizado para preservar esses preparados aumenta a pressão nos vasos sanguíneos.
Muitas pesquisas têm mostrado os efeitos benefícios da ingestão de alimentos ricos em potássio como efeito protetor para as artérias, contudo a quantidade deve ser analisada pelo profissional clínico. O uso de bebidas alcoólicas deve ser reduzido drasticamente para não causar retenção de líquidos que favoreçam o aumento da pressão arterial. Outra questão fundamental é interromper o tabagismo, que destrói a camada fina que recobre os vasos sanguíneos.
Pratique atividade física
A atividade física é um processo de movimento do corpo, sendo diferente do exercício. Como exemplos do primeiro caso têm-se as caminhadas pelas ruas próximas, mudanças de hábito, como trocar o uso do elevador pelas escadas, dentre outros.
Já o exercício físico é condicionado. Ele fortalece a musculatura dos idosos, ajuda na vitalidade, aumenta a percepção de equilíbrio e evita as quedas — problema tão comum na terceira idade. Uma recomendação é a prática de pilates, que deve ser monitorada pelo fisioterapeuta e acompanhada por um cuidador, quando necessário.
Faça acompanhamento clínico periódico
A pressão alta em idosos deve ser monitorada para não gerar problemas que afetam a qualidade de vida e de interação com os membros da família. Dessa forma, o acompanhamento contínuo de um geriatra é sempre aconselhado, assim como a organização das rotinas de consultas médicas e dos medicamentos em uso para evitar intoxicações com dosagens elevadas ou administração de doses menores que as prescritas.
Uma das formas de obter essa organização é elaborar um prontuário clínico residencial, contendo o histórico clínico e medicamentoso do idoso, além dos exames laboratoriais e radiológicos mais importantes.
A pressão alta em idosos é um problema crônico, que pode causar diversas complicações se não for controlada adequadamente. Por isso é fundamental adotar medidas preventivas, diminuir os fatores de risco e manter hábitos alimentares saudáveis, além da prática regular de exercícios físicos.
E você, o que tem feito para diminuir o risco de desenvolvimento de pressão alta nos seus pais? Quer ficar por dentro das nossas novidades? Então curta nossa página no Facebook e não deixe de nos seguir no Twitter e Youtube!